Fragmento de tela mostrando
o Grande Canal, Veneza,
e a Igreja da Saúde,
onde teria ocorrido a primeira
performance de As Quatro Estações
sob regência de Vivaldi.
A transversalidade proposta aqui refere-se ao colateral, ao que passa ou atravessa os objetos significativos. “Transversalidade” aqui remete à idéia de “fenda”, “abertura”, “alinhamento em outra direção”. A transversalidade é abertura, possibilidade metodológica para expressão estética, ao alinhar os conteúdos tópicos em outra direção, estabelecendo novas relações entre os pontos de vista: os que são teoricamente sistematizados e emulados das artes eruditas e os que estão na vivência, no cotidiano autoral. A transversalidade é estratégia de resgate da percepção ampla da realidade mediante emprego de determinados elementos de grande potencial significativo, denominados, nesse caso, de eixos/temas transversais (musical, literário, pictórico) .
O limite da transversalidade seria o que os sofistas definiram como programa de ενκυκλιοσ παιδεια (paidéia cíclica ou enciclopédia, conjunto de todas as ciências). Preocupando-se com a compreensão generalista no limite possível da completude. O programa da ενκυκλιοσ παιδεια foi retomado e elaborado pelos retóricos romanos, que transmitiram o esquema das orbis doctrinæ (doctrinarum orbem) aos mestres do ensino medieval. A idéia foi retomada por Diderot e D’Alembert.
Essa visão globalizante se opõe à disciplinaridade disjuntiva , segmentação de significações e de referenciais estéticos. O conhecimento disjuntivo, estanque, propugna a objetividade asséptica e tem a subjetividade eliminada, o sujeito é excluído do processo. NICOLESCU diz que “a objetividade instalada como critério supremo de verdade teve uma conseqüência inevitável: a transformação do sujeito em objeto”.
O limite da transversalidade seria o que os sofistas definiram como programa de ενκυκλιοσ παιδεια (paidéia cíclica ou enciclopédia, conjunto de todas as ciências). Preocupando-se com a compreensão generalista no limite possível da completude. O programa da ενκυκλιοσ παιδεια foi retomado e elaborado pelos retóricos romanos, que transmitiram o esquema das orbis doctrinæ (doctrinarum orbem) aos mestres do ensino medieval. A idéia foi retomada por Diderot e D’Alembert.
Essa visão globalizante se opõe à disciplinaridade disjuntiva , segmentação de significações e de referenciais estéticos. O conhecimento disjuntivo, estanque, propugna a objetividade asséptica e tem a subjetividade eliminada, o sujeito é excluído do processo. NICOLESCU diz que “a objetividade instalada como critério supremo de verdade teve uma conseqüência inevitável: a transformação do sujeito em objeto”.
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