Fogo de indústria dos deuses roubado
É mesma ciência para as outras partes;
Pobre de engenho, todo de mesmas artes,
Nunca fará aqui mais que foi cantado.
De saber velho tem sempre quem cansa,
Nula beleza que nada mais gera,
Nem se conte com o que o tempo opera:
Conhecer pleno nunca que se alcança.
Fico passivo, sujeito, e trabalho
Sem esperança em cada novidade;
Faço que aprendo, não tem qualidade.
Aí, tomam conta de tudo que valho,
Cobram da vida por meu desempenho.
Tenho que paga Deus teve no Lenho.
Belo Horizonte, 4 de agosto de 1996.
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