quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

SONETO XII/XII - INVERNO: ALLEGRO


Acabou tudo, tudo mesmo.
Nem o alívio, nada mais resta.
Havendo algo, luz, uma fresta,
Não é morrer, porém viver a esmo.

Não há qualquer sinal, sensação,
Nenhuma ciência existe mais,
Nem enseada, nem outro cais;
Caos de querer, de sim, de não.

Ainda bem! Era o meu desejo.
O desejo também morreu,
E não sei nem se sou mesmo eu.

Ainda bem! Aproveito o ensejo,
Não questiono agora mais nada:
Não há questão certa, nem errada.
Ouro Preto, 6 de agosto de 1995.

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