Acabou tudo, tudo mesmo.
Nem o alívio, nada mais resta.
Havendo algo, luz, uma fresta,
Não é morrer, porém viver a esmo.
Não há qualquer sinal, sensação,
Nenhuma ciência existe mais,
Nem enseada, nem outro cais;
Caos de querer, de sim, de não.
Ainda bem! Era o meu desejo.
O desejo também morreu,
E não sei nem se sou mesmo eu.
Ainda bem! Aproveito o ensejo,
Não questiono agora mais nada:
Não há questão certa, nem errada.
Ouro Preto, 6 de agosto de 1995.
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