A memória da retórica refere-se à assimilação par cœur do conjunto dos topoi emulados, da estrutura dos argumentos construídos, do discurso em si, de tal modo que ele possa ser enunciado sem se recorrer ao texto, socorrendo-se no máximo em notas, de sorte a possibilitar total fidedignidade quando da apresentação.
Raríssima em nossos dias essa capacidade, discutível sua necessidade – ainda que se reconheça o prodigioso efeito do discurso bem construído proferido como improviso sem o ser.
Aqui foi tomado por empréstimo o termo “memória” em sentido inverso, o de que foram feitos registros, inclusive fotográficos, de todas as fases da produção do Programa Iconográfico das Quatro Estações, inclusive para se preservarem as interessantes vicissitudes do desfio.
Diversos aspectos técnicos da empreitada não puderam ser previstos, considerada a inexperiência do autor em projeto de tal vulto. As despesas ultrapassaram qualquer tentativa de orçamento. Não é intento detalhar aqui essas questões, pois elas são bem menores que outros pontos privilegiados por opção.
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